Como falar de sexo com os filhos


7 dicas para se sair bem ao conversar sobre sexo, esse assunto tão delicado, com as crianças

por Lorena Verli
As crianças fazem muitas perguntas e podem querer saber
a mesma coisa várias vezes. Não fique frustrada ou brava
Foto: Getty Images

Imagine a cena: você está vendo a novela e seu filho solta a frase: ''Mãe, de onde vêm os bebês?''. Não vale engasgar, fingir que não ouviu ou brigar com ele. Responda!

''Quando não damos informações claras sobre sexo, jogamos crianças despreparadas em um mundo cheio de riscos'', diz a educadora sexual americana Logan Levkoff, autora do livro ''Como Falar de Sexo Com Seus Filhos'' (ed. Gente).

Educação de berço
Por mais que você queira fugir desse assunto, a educação sexual deve iniciar assim que a criança nasce. ''Se você ainda não começou a falar de sexo com seus filhos, a TV começou'', afirma Logan. Veja as dicas abaixo para se sair bem ao falar de sexo com as crianças.

7 dicas para falar sobre sexo com seus filhos sem traumas e com muito amor

1. Mantenha a calma
É normal ficar ansiosa ou nervosa. Você não é a primeira mãe a sentir isso - e não será a última. Em vez de tentar escapar da pergunta, tente colocar na própria cabeça o quanto é importante para seu filho ter uma resposta.

2. Responda apenas o que for perguntado
Não se sinta obrigada a dar muitos detalhes. E entenda o que seu filho quer saber. Ao perguntar de onde vem, por exemplo, ele pode apenas querer saber se veio de outra cidade, como algum coleguinha da escola. Por isso, antes de responder, descubra o que ele sabe e o que está tentando descobrir.

3. Tem hora certa pra falar de sexo?
Sim. Às vezes, a criança faz uma pergunta num local ou num momento inadequado. Não é preciso responder na hora. Mas garanta a ele que vai responder depois. As crianças também não gostam de falar de sexo a qualquer hora e na frente de qualquer um. Não tenha medo de perguntar ao seu filho como ele se sente mais confortável.

4. Não se preocupe se não souber a resposta
É impossível saber tudo. Em vez de disfarçar, chame seu filho para procurar a resposta com você. Se o assunto não for adequado para a idade dele, diga que a dúvida é boa e que vai pesquisar. Não o faça pensar que a pergunta é errada ou boba.

5. Seja paciente
As crianças fazem muitas perguntas e podem querer saber a mesma coisa várias vezes. Não fique frustrada ou brava: dê a resposta sempre que for necessário. Quando uma pergunta se repete, é sinal de que a criança está confusa sobre o assunto.

6. Dê a entender que você sabe o que está falando
Tudo que você se recusa a falar fica na cabeça dos seus filhos, tanto quanto aquilo que é dito. Se você demonstrar-se pouco à vontade, seus filhos vão perceber e saberão que essa é uma maneira eficaz de incomodar você. Então, mostre-se confiante na hora de falar sobre esse assunto.

7. Não faça suposições
Não importa se seus filhos são pequenos ou crescidos: eles farão perguntas sobre sexo. Isso não significa que estão fazendo alguma coisa ou que tenham interesse em fazer. É simplesmente uma pergunta. Se você já tirar suas conclusões e começar a fazer sermão, eles não irão mais procurar você para obter informações ou conselhos.

Areia de gato no tênis

Para combater o cheiro desagradável nos pés, encha uma meia velha com areia higiênica de gato  e ponha dentro do calçado por um período de 12 horas. A areia retém a umidade e combate maus odores. Guarde o sachê e use sempre que necessário.

Bater não adianta: filhos repreendidos fisicamente

Crianças que foram castigadas fisicamente a partir dos 3 anos de idade já apresentavam maior tendência à agressividade quanto atingiam os 5 anos, mesmo considerando outros fatores e a agressividade natural dessas crianças.


O estudo, publicado no periódico Pediatrics, acompanhou mais de 2,5 mil mães observando o hábito de punição física, o nível de agressividade natural dos filhos, informações demográficas (como gênero da criança) e fatores de risco relacionados aos pais – níveis de estresse, depressão, abuso de álcool e outras substâncias e presença de outros tipos de agressão dentro do ambiente familiar. Quanto mais fatores de risco relacionados aos pais, maior a frequência de punição física.

Quase metade das mães afirmou ter usado de castigos físicos contra os filhos ao menos uma vez no mês anterior à pesquisa, enquanto aproximadamente 26% haviam punido fisicamente as crianças mais de duas vezes no mês. E os pesquisadores afirmam que a agressividade dessas crianças tinha grande aumento entre as idades de 3 e 5 anos (período de acompanhamento da pesquisa).
Apesar das indicações de vários órgãos e profissionais de que a punição física deve ser evitada a qualquer custo, uma grande maioria dos pais ainda usa desse tipo de mecanismo na educação dos filhos, como forma de disciplinar suas atitudes. A pesquisa sugere, entretanto, que mesmo pequenas formas de castigos físicos podem levar a algum aumento do comportamento agressivo. É bom observar que a pesquisa, apesar de ter acompanhado apenas crianças, acrescenta novos dados a outros estudos que indicam que esse nível de agressividade pode perdurar por toda a vida.
com informações da American Academy of Pediatrics
http://oqueeutenho.uol.com.br/portal/2010/04/27/bater-nao-adianta-pesquisadores-confirmam-que-filhos-repreendidos-fisicamente-se-tornam-criancas-mais-violentas-no-futuro/