Adoçante -o substituto que vale ouro

Adoçante - o substituto que vale ouro

Usados em dietas para emagrecer, os adoçantes possuem diversas fórmulas, alguns mais fortes e outros mais fracos. Saiba as diferenças entre cada um
Por Maraísa Bueno
Foto: Getty Images

O verão está chegando e as academias estão cada vez mais lotadas. Todo mundo malhando para deixar o corpo definido para a estação mais quente do ano. Muitos apelam para os regimes e dietas, sempre com a ajuda de um profissional qualificado. Muitas dessas dietas pedem a substituição do açúcar pelos adoçantes.
Você sabia que há diversos tipos de adoçantes, sendo alguns artificiais e outros naturais? Com a ajuda de duas nutricionistas, o Guia da Semana listou quais são os tipos de produtos e suas composições.

Qual a diferença?
O adoçante é produzido a partir de substância naturais ou artificiais chamadas de edulcorante, que são responsáveis pelo sabor do doce. Normalmente, possuem baixo ou nenhum valor calórico dependendo de sua composição. "Os adoçantes naturais derivam das frutas vegetais, mel e açúcar e os artificiais derivam de ácidos, aminoácidos e cloração da sacarose", explica a nutricionista Cristina Martins.
A principal diferença do açúcar com o adoçante é o valor calórico. Uma colher de açúcar chega a ter 20 calorias e um adoçante não-sintético contém um valor menor. "O açúcar é um carboidrato derivado da cana-de-açúcar, cujo nome técnico é sacarose, uma combinação de glicose e frutose. A diferença dele com um adoçante é que o último tem o poder de adoçar os sucos e cafés bem maior que o açúcar", completa a nutricionista.

Tipos de Adoçantes
Recentemente foi lançado um novo tipo de adoçante, o Agave Naturel, sendo um produto orgânico, com alto conteúdo de frutose. Além disso, ele possui ferro, cálcio e magnésio e possui um alto conteúdo de frutose (carboidrato presente nas frutas e no mel). Ele é uma variedade do Agave Azul (Agave Tequilana), uma espécie nativa do México. "Esse adoçante deve ser consumido com cautela, pois, apesar de ser considerado um adoçante natural pelo poder de doçura maior que o açúcar, também contém calorias, ou seja, favorece o ganho de peso, quando usado em excesso", explica a nutricionista Cristina Martins.
Para a nutricionista Fernanda Machado Soares, esse novo adoçante é um substituto saudável do açúcar refinado, mas deve ser usado com moderação. "Se comparar seu índice glicêmico com a glicose, são 20 contra 100, ou seja, seu potencial para aumentar a glicemia é menor. No caso de uma comparação bruta, esse adoçante pode ser equivalente ao mel de abelha, no entanto, um pouco menos calórico. Por isso, seu uso por diabéticos deve ser controlado".

Nas tabelas abaixo, listamos os adoçantes artificiais e naturais, quais são suas composições e quanto adoçam mais que o açúcar comum, a famosa sacarose:
Artificiais
Aspartame: É o tipo mais usado, com capacidade de adoçar 200 vezes mais que a sacarose. Seu valor energético é de quatro calorias/gramas. Deve ser evitado por pessoas que sofrem de fenilcetonúria, pois contém fenilalanina em sua composição.

Sacarina: É o tipo mais antigo de adoçante, com capacidade de adoçar 500 vezes mais que a sacarose, porém deixa sabor residual na boca. É bastante utilizado em alimentos, cosméticos e medicamentos.

Ciclamato: É bastante utilizado em alimentos, mas é proibido em alguns países por provocar efeitos cancerígenos e ser alérgico. Adoça 50 vezes mais que a sacarose.

Sucralose: É bastante utilizada em produtos esterilizados, UHT, pasteurizados e assados, pois é estável a grandes temperaturas. É eliminada totalmente do organismo pela urina num prazo máximo de 24 horas. Não produz cáries e reduz a produção de ácidos que as produzem. Adoça 600 vezes mais que a sacarose.

Acessulfame-k: É o adoçante mais resistente ao tempo e a altas temperaturas. Adoça 200 vezes mais que a sacarose e é eliminado totalmente pelo organismo através da urina.

Naturais Usando o adoçante correto



Frutose: É extraído de frutas, cereais e mel, tem capacidade de adoçar 173 vezes mais que a sacarose. Deve ser usado com moderação já que provoca cáries e tem consumo limitado para diabéticos.
Sorbitol: Originado de frutas e algas marinhas, adoça 50 vezes mais que a sacarose. Seu uso é restrito a pessoas que não são diabéticas e que não são obesas. Resiste a altas temperaturas, à evaporação e ao cozimento.
Manitol: É encontrado em vegetais e algas marinhas, com capacidade de adoçar 70 vezes mais que a sacarose. Não é recomendado a diabéticos e produz efeito laxativo se usado em grandes quantidades.
Esteovídeo: Tem capacidade de adoçar 300 vezes mais que a sacarose e é encontrado na planta Stevia Rebaudiana. Não contém calorias e é estável em altas temperaturas.



A questão que muitos fazem quando pensam na substituição do uso do açúcar pelo adoçante é se realmente adianta fazê-la, pois o açúcar refinado pode acarretar em cáries dentárias, diabetes, aumento de peso, distúrbio na produção de insulina. Já os adoçantes artificiais podem ocasionar hipertensão, enxaqueca, distúrbios intestinais e até câncer. Para a nutricionista Fernanda Machado Soares, "se o intuito é emagrecer, é preciso optar por um adoçante natural, que é uma alternativa segura, mas considerando que não se deve exagerar na quantidade, pois este também tem calorias".
A nutricionista destaca também que "se o objetivo é levar uma vida saudável, sem se preocupar com o peso, a escolha do açúcar mascavo ou demerara é a melhor opção, pois é rico em nutrientes como cálcio, ferro, potássio, magnésio, fósforo, sódio, flúor e cobre. Esse açúcar também possui vitaminas como A, D, E, C e vitaminas do complexo B".


Colaboraram:
Cristina Martins, nutricionista da clínica Dra Sara Bragança (Barra da Tijuca - RJ) Contato: (21) 2492-3538.
Fernanda Machado Soares, pós-graduada em Nutrição Clínica e Ortomolecular - SP, membro da Associação Médica Brasileira de Oxidologia e membro da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Contatos: Ipanema - (21)2287-3669 e Petrópolis - (24) 2237-5556.
Tinta nas cadeiras

Poderiam ser cadeiras e mesa de madeira como tantas outras, mas bastou pintar cada peça de uma cor para o conjunto levantar o astral deste jardim (acima). Abaixo, a sala de jantar de estilo rústico, toda em tons de madeira, ganha destaque com as cadeiras, que receberam tinta verde na estrutura e revestimento de tecido listrado nos assentos.